sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A verdade entre verdades

A jovem sociedade política brasileira é enraizada num constante e sabida governância regida por inescrupulos na administração, com um fazer política imaturo e demagoga, oportunista. Nossa realidade histórica é escrita desde sempre num montante de permissividade, abusos e explorações. Somos herdeiros de 'descobridores', oligárquicos, coronéis, tenentistas e fantoches, todos, e sem exceção, independente da administração, as de ontem, as de hoje, mesmo não assumindo, exerceram a nítida falta de incentivo à educação. Educar, muito mais que matemática, português e outras disciplinas escolares, incentiva o pensar. Resultado: um gigantesco e vergonhoso montante de indivíduos totalmente desprovido da mínima condição de entendimento da força da sua condição de cidadão, o fazer e o receber, o dever e o direito.

Soa intencional esta tal ferramenta protecionista de fazer pouco caso em promover a educação. Estimular o seu desenvolvimento é um tiro no pé nenhum pouco útil aos interesses de alguns que sabem ser problema que um montante entenda de fato o fato de que está sendo lubridiada por aqueles que deveriam estar ao seu lado. Para estes, pensar custa caro!


Ainda assim, mesmo enfraquecidos neste quesito, demonstramos sermos e estarmos aptos para a discussão. Fato foi a ímpar e forte movimentação promovida pelos caras pintadas, em 1992, -ao qual participei intensamente- para tirar do poder uma cara eleito, que entre outros exemplos da falta de estrutura racional geral, recebeu milhares de votos das mulheres que optaram em destinar seus votos ao indivíduo pelo fato de ‘ser bonito’. Evidência clara de uma educação rasa. Depois disso, não mais existiu a mínima agilização do povo contra os abusos inerentes a nossa governança. E não foi um e nem pequenos fatos que vieram depois disso (antes foram inúmeros, muitos que podemos chamar de crimes mesmo, mas estes 'não contam', pois qualquer ida contra poderíamos virar um arquivo morto. Ou melhor, desintegração, pois nem arquivo se virava) que não pudessem ser dignos de discordância, afinal, é cotidiano o montante de situações desfavoráveis ao povo.

Aí, em pleno 2011, vivente raro, insatisfeito com o descarado e sem-vergonha ato de aprovar o aumento em seus próprios salários realizada pelos deputados gaúchos, que viram seus contracheques subirem 73%, assim, facinho, facinho- usa da arte compondo uma música de repúdio, 'Gangue da Matriz' que nem mais e nem menos se utiliza da verdade para mostrar a indignação contra um grupo que optou em meter a mão em nosso bolso, mas em nosso prol. O resultado: um processo do Ministério Público encaminhada por um dos signatários da tal coisa toda, argumentando que a música que questiona um crime contra a honra vem a ser um crime contra a honra.

#euconcordocomotonhocrocco


Resposta ridícula e ditadora recebida por Tonho Crocco. Ser calado por dizer verdades? Por ser a voz de muitos e muitas incredulamente descontentes que seguem suas batalhas diárias repletos de dificuldades sociais. Não me parece certo. Não é certo!

Mas como no reino do carnaval nada que um pagodinho e uma geladinha não se resolva, seguimos o baile, mas com um gosto de uma censura repressora e fragilidade na liberdade de expressão. Espero de verdade que o esforço do Tonho não seja afogado numa gelada com pizza. Mais pizza!

A falta de penso faz com que fique esquecida a desgastada máxima que aqui funciona de alerta: o que se planta, é o que se colhe!


quarta-feira, 30 de março de 2011

#40. Oi?

No domingo (20) deveríamos ter saído de casa naquele aguaceiro e com meu bairro sem luz e se tocado direto para a carrocinha do Cachorro do Rosário delícia, isso se soubesse da roubada em que eu, meu maridón e um amigo nos meteríamos. Há tempos queria provar o bem indicado lanche do Pampa Burger, comentado tão bem que a água na boca era latente. Chegamos impolgados. De fato o lugar é bacana, causando uma impressão boa de cara: um ambiente confortável e charmosamente decorado, no capricho, daqueles de bom gosto, e um cardápio salivante, bem bolado, com nomes criativos e ingredientes diferentes, propondo opções inusitadas e interessantes. Ponto.


O local estava cheio, mas não entupido. Sentamos e custou para que um atendente nos entregasse o cardápio. Demoramos para escolher, afinal cada lanche parecia melhor que outro. Mas demorou mais ainda para ser feito o pedido, o que aconteceu depois de abordarmos algumas vezes 'os moços'.

Devíamos ter descofiado alí de qualquer coisa. Quando tempão depois conseguímos um vivente para pegar o nosso pedido, este empenhou-se nas anotações em sua comanda. Além dos 3 burguers, pedimos um cerveja. Original, ponto!

Tomamos a original. 20 minutos se passaram. Nada do lanche, nem de nenhum atendente para verificar se queríamos outra. Copos vazios, bico seco, caras de bundões. 40 esfomeados minutos se passaram. Nada do lanche, nem de nenhum atendente.

Fomos atrás para ver o que rolava, já que diversas mesas que chegaram depois já enfiavam suas caras nos seus lanches. Nosso garçom descobriu que o pedido não havia sido impresso para a cozinha. Outro funcionário, irônico respondeu qualquer coisa e disse que em 5 minutos os sanduíches estariam prontos. Cancelei. Mais pela forma em que a situação estava sendo tratada do que do lanche em sí. Desagradável. E fome. Parace que a maledetta dobrou ao perceber o causo.

Muita falta de percepção do cara que tirou nosso pedido, ao ver, melhor não ver, que muitas mesas se lambuzavam e nós, ali. Plantados.

Muita falta de percepção do cara que tirou nosso pedido e de todos os outros que não enxergaram os copos vazios em nossa mesa. Secos.


Quinze minutos depois comíamos um justo hamburguer n'outro lugar, logo mais, pertinho, one funcionava bem o sistema escrito, sem problemas, sem firulas, sem descaso.

Frustração. Queriamos mesmo ter sido apresentados ao Pampa Burger. Vou esperar a tele-entrega ser ativada pois não tenho vontade de voltar a casa, ao menos desta forma poderei conhecer a cozinha que efetivamente parecer ser uma delícia.

Espero que o estabelecimento verifique seu processos antes de agregar novos serviços para que não aconteçam descasos como este com outros e que eu não tenha problemas com a entrega.


Enfim... P***, decidi enviar o meu exército de um homem só a campo e retribuir os meus 40 minutos de espera e boca seca, dedicando 40 mentions ao Pampa em minha TL. Justo.

Não, não pense que sou uma cri-cri desvairada. Um pouco sim, assumo. Acredito que como consumidores, ao pagar por um produto ou serviço, estabelemos um acordo bilateral que nem sempre nos é entregue como esperado. Não defendo cegamente a bandeira de que o cliente tem razão, cada caso é um caso, mas há casos que é nítido o abuso vindo do outro lado: atrasos de entrega, pós vendas deficientes, falta de informação. Ferramentas que minimizem ruídos existem e o tal marketing taí num papel de espinafre dando uma força extra e bem mais que 4 p`s, o p`s ou quantas letras forem necessários, há coisas que qualquer bom dono de armazém sabe: o atendimento é diferencial latente. Ainda mais em tempos de mais do mesmo: o mesmo produto mas embalagens diferentes. Atendimento diferencia e fideliza, e é aqui que me aperta o calo, pois pasmo com o desleixo para com. Todo mundo tem uma história de pisada na bola e eu e você podemos citar vários exemplos cotidianos. Dentre todas, as que me marcam mesmo são as rateadas proferidas por estabelecimentos gastronômicos. Por que adoro comer, por que não há nada que não exista concorrência, mesmo que seus donos acreditem que um ambiente bem localizado e decorado baste para matar minha fome. Claro que tudo isso importa, afinal comer agora passa a ser uma experiência não só oral, mas visual e olfativa.


Lamentavelmente surpreende que na prestação de serviços ainda ocorram faltas dignas de cartão vermelho que fácil não precisavam acontecer. Sorry (ainda mais neste ramo), mas não consigo digerir pisada feia por por tão pouco.


Mais ainda com fome!

terça-feira, 29 de março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

As horas do Planeta



No gris sábado (26) de ontem, fomos convocados globalmente a participar da chamada A Hora do Planeta, ato simbólico promovido no mundo todo pela Rede WWF, antiga organização não-governamental criada em prol da natureza.


A proposta é a de que governos, empresas e a população demonstrem preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante sessenta minutos (das 20h30 às 21h30) para assim vermos 'um mundo melhor'.


Casas, empresas, cidades. A adesão poderia ser pública, já que cidadãos e esfera pública ou privada poderiam cadastrar a sua participação no site do evento, numa listagem aberta a todos e que em 2010, contabilizou mais de um bilhão de pessoas em 4616 cidades, em 128 países, que optaram ao breu. Porto Alegre estava lá.


Comentei no twitter, que não iria me apagar na ocasião. A palavra correta não seria boicote. Não, não pense que me importo lhufas ao tema. Bem ao contrário. Minha preocupação ao tema é inclusive bem superior a média. E não é trova para pagar de bacana, é fato. Mais que isso: é ato! E ato inserido no meu cotidiano, em minha casa ou fora dela. A minha Hora do Planeta é 24 horas por dia, 365 dias no ano: reciclo e o faço por materiais, não só não misturando o orgânico do restante que exige tempo, paciência e logística e para alguns ainda exige espaço para esperar o dia da coleta seletiva, que em diversas regiões acontecem apenas uma vez por semana; faço compostagem, aquela mesmo de enterrar a coisa eca, e isso por vezes enche o saco, mas sigo firme. Tento o possível para evitar o desperdício da água, e aqui tenho algumas manias estranhas até, mas que ajudam. Minhas lâmpadas são econômicas, mais caras, assim como muito dos recursos nos disponibilizados em favor da causa. Acumulo roupa para lavar, e não raro aquela blusinha está indisponível no meio do monte aguardando sua hora chegar. E nunca, jamais sperdiço comida, e isso desde piá. Meu banho é curto, e não adianta me propor a ficar mais, não consigo, é automático.


E automático deveria ser. Por isso não aderi a coisa toda. Por mais positiva que seja a iniciativa envolvendo uma baita massa, me soa um tanto hipócrita a situação de saber que vivente está engajado no evento indo na onda e que esta uma hora é para muitos seu único ato positivo e que em todas as milhares de outras horas do ano não colocam uma efetiva mão na massa.


Considero o twitter uma ferramenta potencial, útil se bem usada e voraz. É rede social, e tal qual, fomenta a incrível capacidade de auto-promoção dos @'s. Promover-se e exibir-se é da natureza do homem, mas aqui cuidadosos e criativos tuites fazem a felicidade de vários que podem parecer melhores em uma realidade paralela, recheada de bons e corretos. A probabilidade de uma revelação da vida como ela é, é rara. Quem já viu em alguma timeline algo do tipo 'hj fui grosso com meu colega'?


O comentário postado gerou alguns retornos com uma esfera de incredulidade sobre a minha opção de não adesão à função. É o ônus do bônus em optar manter meu 'eu' também aqui na www, principalmente em redes sociais, já que a minha intenção em estar nelas não tem nada a ver com a tentativa em parecer alguém que não eu. Eu mesma. Com minhas crenças e opiniões. Que obviamente podem não ser as mesmas de outros seguidores. A democracia e liberdade de expressão, junto a minha educação e percepção de que cada cabeça uma sentença, permite que eu receba e absorva feedbacks contrários. Prefiro assim.


O comentário fez seguidor querer me lembrar da minha função como comunicadora em compreender a relevância de fomentar uma discussão mais ampla e profunda. Caríssimos, em momento algum excluo tal importância do dito manifesto, o qual considero total relevante e pertinente e de uma necessidade ímpar. Questiono sim seu uso como moldura momentânea e reafirmo preferir a postura ampla, não momentânea. Porto Alegre aderiu? Alguns sim. A cidade constava na listagem de adesão, mas o Baile da Cidade aconteceu. Postura ampla seria recorrer a alternativas para uma participação completa. Caro, mas sincero.


Vou sempre posicionar-me contra qualquer atitude que aborde o sócio-ambientalismo como plus raso dada a forma como se tem sido utilizado o tema. Sou preocupada e engajada, mas não apaguei minhas luzes. Não tuitei que estava no escuro e depois saí jogando lixo no chão. E se alguém quiser aderir ao Planeta, lembra que cada dia tem 24 horas, todos os dias.


Câmbio. Desligo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Aqui é que tem, um jeito legal

Mesmo com um calor de dar brotoeja, mesmo com um trânsito asqueroso, minado de manetas egoístas, mesmo com a água com aquele gosto suspeitíssimo no verão, sou daquelas viventes que agradece por viver aqui, por n motivos, que não só o tal pôr-do-sol dispensado de apresentações.

Fato é que a city tá de cumple no próximo sábado (26), coroa enxuta de 239 anos. E, entre a diversa programação especial que rola por estas bandas na semana, destaque para o tradicional Baile da Cidade, que começa logo as 21hs, no coração do Parque Farroupilha, nossa querida Redenção.


Fui algumas vezes e certo que outrora o tchacundum era aprazivelmente mais bem estruturado, mas que de qualquer forma segue valendo e por que o importante é ser feliz, andar tranquilamente na cidade onde eu nasci e ter a consiência que queira ou não e bairrismo a parte, mas não a toa, aqui o furo é mais embaixo: nossa metrópole-bairro, que desde pouco assume cada vez mais o revés irreversível ao se delinear efetivamente como bairro-metrópole, com todo o ônus e bônus. Crescimento irreversível vai a frente da cultura: em Porto, magros e magras do queridão Bomfa (ao qual morei bons anos, ali na João Telles quase na frente do Ocidente, rua que encerrou 2010 com a alcunha de Rua do Rock, minimizando a esfera da alma da região, que é n'roll no comércio, na aquitetura, nas possibilidades e nos viventes) e de qualquer outra parte se conhecem ou já se ouviram falar; não nos rendemos a utilidade de se ter um súper 24 horas (bela iniciativa Nacional!), tão normal em São Paulo; e em sondagem realizada pela food-maga Carla Pernambuco realizada por estas plagas na intenção de abrir um restaurante conceito, resultou num desestimulador conselho emitido por nossos compatriotas especialistas em marketing que foram enfáticos e realistas em dar o parecer de que a gauderiada não consome ($) gastronomia-arte e diagnosticaram ainda um certo quê nosso para a pose: vamos uma vez para dizer que fomos, depois moscas. Absorção aqui intrínseca a nossa manifesta mentalidade-bairro.


A função oficial do Baile da Cidade é propiciar em seu aniversário uma diversão 'de grátis' à comunidade. Mais que verificar um protocolo da prefeitura e suas intenções inerentes, é oportunidade de ver o start na iluminação do chafariz central, que fica lindão, além do arrasta pé com a patroa ao som dos vários artistas e bandas que fazem um baile que agrada maragatos e chimangos dos 8 aos 80.


Mas os butiás caíram ao observar a 'estrutura gastronômica' que tão me era chamariz outrora com suas banquinhas variadas de rangos típicos do povo que adotou nossa cidade como pátria. Há alguns anos que a tenda de comida japonesa e outras delicinhas deram espaço para suspeitos e visivelmente relapsos com a higiene cachorros-quente sem graça e sem sabor. Fora isso, tá valendo.


Desbunde mesmo é a oportunidade de poder visitar no breu a Redença sob a benção da lua, estrelas e da não rara garoazinha, tal a que se fez presente hoje, num pause da chuva e ventorréia que permearam o dia, pós uma madrugada encharcada de raios, ventos e chuva, daquelas de dar medo mesmo. São Pedro se fez gaúcho, se fez Porto Alegrense e mostrou que o povo lá de cima também é festeiro e que as mais belas mulheres tupiniquins não merecem estragar a produção. As guapas agradecem, e seguem lindas, lisas e com o make intacto. Passar ali em outras noites é obviamente total falta de sanidade, pero nesta ocasião é total viável , já que o policiamento de todos os acessos e da área em geral é forte, afinal nenhum administrador quer correr o risco de queimar seu filme se um babado forte do mal rolar.


Por entre música, gentes, cachorros-quente e arrasta pé geral, o baile diverte, é free, e tb vale pela ímpar pesquisa antropológica proporcionada.

Nesta, não fui, mas passa lá: eu e Júlia Poliana já conferimos!


+++ A propósito, neste ano o meu súper favorito, o Zaffari, mandou muito bem no filme homenagem à PoA e que para variar tem como tema a clássica 'Porto Alegre é demais'. Mesmo que para uns e outros a tal música já tenha enchido o saco, não o meu, pois acho a dita cuja especial. Mais do mesmo, acerto certo!


Porto Alegre é que tem Um jeito legal É lá que as gurias etc... e tal Nas manhãs de domingo Esperando o Gre-Nal Passear pelo Brique Num alto astral Porto Alegre me faz Tão Sentimental Porto Alegre me dói Não diga a ninguém Porto Alegre me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz Quem dera eu pudesse Ligar o rádio e ouvir Uma nova canção Do Kleiton e Kledir Andar pelos bares Nas noites de abril Roubar de repente Um beijo fadio Porto Alegre me faz Tão Sentimental Porto Alegre me dói Não diga a ninguém Porto Alegre me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz Porto Alegre me dói Não diga a ninguém Porto Alegre me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz


Porto Alegre é demais!

Como tá não dá de ficar...

Pra mim, toda a manifestação de cultura é bem-vinda, pero, convenhamos há de ser olhar à Lei Rouanet para que parem as Mariabetanices que vemos por aí.

Maria Bethânia rindo em prosa, verso e poesia: esta semana mais de um milhão aprovado á captação via Lei Rouanet para seu blog de poesias. Hmmmm!

Arte livremente copiada do Estudio Onze

Mostra a tua cara

Tempo que não aparecia por aqui. Praia, mudança e preguiça mesmo. Natal, ano-novo, Carnaval, Obama, Tsunami monstro no Japão, doidaço atropelador de ciclistas, Bruna Surfistinha e Pinpoo deram as caras, o peludo demorou a dar, mas apareceu, gracias. Estes últimos lamentáveis. Entre mortos e feridos, seguimos bem, obrigada.

Ho-ho-ho, fato é que 2011 chegou, lançando o Estudio Onzi no mercado, pra animar a festa. Coisa de dar orgulho mesmo (parabéns ao meu maridón, aliás, Onzi também...). O ano onze do segundo milênio também me traz um novo grau de instrução: ensino superior completo. Baita batalha, ao menos pra pagar. De resto tirei de letra mesmo escorregando no TCC maledetto. Águas passadas passarão, eu passarinho e na semana que vem o canudo é meu.

Quando digo tirei de letra, é ao pé. Meu curso uma barbada por sí, e o fato de eu ser a segunda turma de Publicidade, primeira da noite, ajudou, afinal fomos cobaias do currículo e da sistemática interna referente ao novo curso. Tudo dentro de uma instituição de renome, mas desorganizada, sem criatividade alguma e com uma visão um tanto peculiar no diálogo com suas partes, o que resulta entre várias situações não manter em seus quadros os melhores mestres em prol de duns de currículo e embalagem, mas sem estrutura pedagógica.

Aproveitei a graduação, aprendi muito, conheci caminhos importantes que por tempos irão me ajudar em muita coisa. Se quisesse poderia ter sido mais estática, pois vi muito colega planta se formar antes de mim. Não me arrependo em nada, de nada. Mais interessante que a academia em si, foi a pesquisa antropológica, a convivência com seres e criaturas diversas. Nossa.

Barbada também, por que a pedagogia escolar mudou bastante desde que entrei na primeira série -já lendo- aos 5 anos. Hoje se fala em construtivismo, que na teoria é poesia e ao qual escutei horrores da prática, com crianças sem limites e relatos assustadores. Pode funcionar, sou quase leiga no assunto, sem embasamentos, mas minha cultura popular me faz torcer o nariz ao tema.

A tecnologia ajuda também um certo atrofiamento. Que conste, sou on-line, digital, mas falta um tchãn analógico na vida, no corpo, no cérebro. Tive colegas que passaram o curso todo sem conhecer a biblioteca. Oi? Até os anos 90 crianças, íamos a bibliotecas, eu a da Puc, minha favorita, pesquisar para trabalhos, tomar um lanchinho e ver uns meninos mais velhos, claro. E tinha que ler. Horas e horas de letras resumidas a um ctrl + c, ctrl + v, sem lanche e sem uma paquera de lambuja. Uau!

Num clima no meu tempo era assim, que nem é tanto, questão de década, a criatura que levou na flauta o ano tinha uma chance de em dezembro fazer recuperação. Tinha limite para pegar recuperação, senão rodava direto. Lembro de colegas em novembro apavorados ‘bah, peguei 3’, ficava horrorizada. Passei pela experiência uma vez. Em espanhol, por falta (que ironia!). Tinha isso ainda, uma margem antes de rodar direto por falta, que tu ias para a tal prova de recuperação. Estas provas aconteciam depois de uma série de ‘aulas de recuperação’ que era para ver se o vivente se atinava a aprender a fórmula de bhaskara. O loser ainda tinha o presentão de que se rodasse em uma ou duas matérias poderia passar de ano e fazer dependência nas tais matérias, tipo cursava a 8ª mas fazia a geografia da 7ª. Pobre loser se dava mal, pois a tal dependência só rolava em colégio particular. A rich Loser.

Mas, melzinho esmo é agora, que afora mordomias digitais (existe uma matérias em algumas escolas que ensinam a ‘pesquisar’ pois o plágio tomou conta), a molecada do colégio particular tem recuperação todo final de trimestre, e no final de ano a possibilidade de realizarem até 3 provas de recuperação da mesma matéria). Em alguns casos, se ainda nada disso ajudar, a criatura pode ir a ‘conselho’ para ser avaliado. Soube de um colégio que para passar o pobre, informou aos pais que por ser um caso difícil, custaria mais a mensalidade. Pagamento feito, passado de ano. Tóin!

Por fim, como não ser barbada tendo tido eu e centenas de outros uma professora que falava o português errado. Coisa horrível de se ouvir. Horrível de se ver. E tá lá, cada vez mais disciplinas, cada vez mais alunos. O despreparo é geral reflete profundamente na formação da pessoa. O artigo que li hoje na Zero Hora, mostra bem isso. ‘Pro-atividade para que?’ foi a mensagem que ficou gravada naquela menina e em seus colegas.

Horrível de se ver mesmo é a educação em si, melhor, o que virou a educação por aqui. Um viva a educação do país! Pode parecer teoria da conspiração, mas penso que há interesses em deixar uma vastidão com deficiência de educação. Só pode ser isso, dinheiro não é vide a quantidade de grana desviada que ficamos sabendo (imagina as que nem sonhamos).

No nation builders

Na radiola: Inútil, do Ultraje, que começa assim:

A gente não sabemos Escolher presidente
A gente não sabemos Tomar conta da gente
A gente não sabemos Nem escovar os dente
Tem gringo pensando Que nóis é indigente...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

- limpa o prato, vivente!

Danoninho hardcore: bolachas de barro no Haiti. E você têm fome de quê?
Por estas e outras que confesso: tenho verdadeiro asco quando vejo que sobrou rango no prato. Com ressalva de erros desculpáveis, como um cozinheiro apaixonado ou que a mão pesou na hora da pimenta. For a isso, nada me justifica a sobra no prato, e não me refiro aquele restinho discreto que volta e meia acaba de canto. O que me perturba muito é perceber que foi por gula comida boa está indo fora que alhures poderia ser um alento... Pior que isso, ou não, já que falei sobre um ato cometido por um vivente adulto, é aquela criança, que faz aquela cara de nojinho, por vezes seguido dum sonoro bleeeeeerg ao decretar não gostar de tal comida.
Confesso: me agarra de nojo. Não só pela cria, mas principalmente dos responsáveis em passar atitudes corretas e positivas, educar mesmo, afinal, estes bichinhos, seguem o que os tais adultos 'exemplos'. Dizem que funciona que nem cachorro: mesmo sendo por vezes, não raro e usualmente difíceis de 'treinar', não há nada que um condicionamento pegado não aprume!
...Pense no Haiti, reze pelo Haiti...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Velha Guarda...

...está com tudo. A carreira de modelos, de esmagora forma geral, tem vida curtíssima. Até por que há tempos foi-se o tempo em que as balzacas não batiam um bolão, a exemplo de veteranas como Claudia Schiffer, que segue na labuta -linda! O mercado está atento às necessidades de suas consumidoras e cada vez mais trintonas, quarentonas e quiçá cinquentonas estampam anúncios, como a marca Varjac, que para sua próxima campanha escalou um time de peso da velha guarda gaúcha.


Simone Lopes (a esq) pondo muita jovenzinha no bolso e Fernanda Sirena

Da série quando crescer quero ser assim: acima o quarteto de peso, no lançamento da campanha

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Demorô...

... mas rolou. Enfim, já era sem tempo e a partir de agora, em Porto Alegre as feiras de animais domésticos em passam a ter novas regras. Louvável a iniciativa do autor do projeto, o vereador Beto Moesch. Parabéns!

Mas ainda assim, segue a questão da ausência política pública de amparo ao animal. Vai tentar encaminhar um bicho em situação de risco via munícipo pra tú ver. Não rola.
É por esta e outras que se disseminam a rede de protetores voluntários que batalham pra caramba em prol da causa, proliferando até gente sem condição alguma de poder ($$$) amparar os bichanos desfavorecidos, mas seguem fazendo, muitas vezes insalubremente. Mas tentam. E não custa lembrar, maus-tratos e abandono de animais é crime!

E como sou da turma que defende a adoção do que a compra, visto que amor de bicho, incondicional, não depende de raça, repasso os pedidos de ajuda abaixo:

Esta 'gata' de olhos azuis, vivia com uma família de papelereiros, em São Leopoldo, e ao correr atrás da carroça em meio ao trânsito, foi atropelada... seus "donos" viram tudo e a deixaram lá, atirada no asfalto, sem nem sequer parar para ver o estrago... um anjo de guarda a socorreu, a tratou, e a Pretinha se recuperou 100% do acidente. Superativa e brincalhona, além de muito carente e carinhosa com todos a suavolta. Necessita de uma família que a ame de verdade e jamais a abandone comofizeram no passado. Tem em torno de um ano e meio, já está castrada e vacinada com a importada! Contato com a Andréia no (51) 8488-5003

Salve-salve simpatia: a gracinha da esquerda aí de cima tem em torno de um ano e sua amiga fox mestiça tem 5 meses. Ambas, foram abandonadas presas num pátio, sem água e comida, por sua 'dona' (carrasca?) ao se mudar de casa. Contatos com a Carla no (51) 99411188.
Fofos: filhotes resgatados da beira da RS040. O velhinho dono morreu e eles ficaram sozinhos com a mãe. 3 'irmãos' já haviam sido atropelados pois saiam atras de comida... Quer ajudar sem sair do sofá? Quer adotar? Crique aqui! Acesse e já conheça o caso urgente da Faixa
Quer ajudar sem levantar do sofá? Tem um montão de peludos precisando de um help, mas segura o tum-tum pois o babado é forte, cheio de casos de extremos maus-tratos, abandono e omissão. Não te mixa e clica aí: Protetores Voluntários, Cão Dodói, 101 Vira Latas, Adote Já, Duas Mãos Quatro Patas.
Au-au!