sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A verdade entre verdades

A jovem sociedade política brasileira é enraizada num constante e sabida governância regida por inescrupulos na administração, com um fazer política imaturo e demagoga, oportunista. Nossa realidade histórica é escrita desde sempre num montante de permissividade, abusos e explorações. Somos herdeiros de 'descobridores', oligárquicos, coronéis, tenentistas e fantoches, todos, e sem exceção, independente da administração, as de ontem, as de hoje, mesmo não assumindo, exerceram a nítida falta de incentivo à educação. Educar, muito mais que matemática, português e outras disciplinas escolares, incentiva o pensar. Resultado: um gigantesco e vergonhoso montante de indivíduos totalmente desprovido da mínima condição de entendimento da força da sua condição de cidadão, o fazer e o receber, o dever e o direito.

Soa intencional esta tal ferramenta protecionista de fazer pouco caso em promover a educação. Estimular o seu desenvolvimento é um tiro no pé nenhum pouco útil aos interesses de alguns que sabem ser problema que um montante entenda de fato o fato de que está sendo lubridiada por aqueles que deveriam estar ao seu lado. Para estes, pensar custa caro!


Ainda assim, mesmo enfraquecidos neste quesito, demonstramos sermos e estarmos aptos para a discussão. Fato foi a ímpar e forte movimentação promovida pelos caras pintadas, em 1992, -ao qual participei intensamente- para tirar do poder uma cara eleito, que entre outros exemplos da falta de estrutura racional geral, recebeu milhares de votos das mulheres que optaram em destinar seus votos ao indivíduo pelo fato de ‘ser bonito’. Evidência clara de uma educação rasa. Depois disso, não mais existiu a mínima agilização do povo contra os abusos inerentes a nossa governança. E não foi um e nem pequenos fatos que vieram depois disso (antes foram inúmeros, muitos que podemos chamar de crimes mesmo, mas estes 'não contam', pois qualquer ida contra poderíamos virar um arquivo morto. Ou melhor, desintegração, pois nem arquivo se virava) que não pudessem ser dignos de discordância, afinal, é cotidiano o montante de situações desfavoráveis ao povo.

Aí, em pleno 2011, vivente raro, insatisfeito com o descarado e sem-vergonha ato de aprovar o aumento em seus próprios salários realizada pelos deputados gaúchos, que viram seus contracheques subirem 73%, assim, facinho, facinho- usa da arte compondo uma música de repúdio, 'Gangue da Matriz' que nem mais e nem menos se utiliza da verdade para mostrar a indignação contra um grupo que optou em meter a mão em nosso bolso, mas em nosso prol. O resultado: um processo do Ministério Público encaminhada por um dos signatários da tal coisa toda, argumentando que a música que questiona um crime contra a honra vem a ser um crime contra a honra.

#euconcordocomotonhocrocco


Resposta ridícula e ditadora recebida por Tonho Crocco. Ser calado por dizer verdades? Por ser a voz de muitos e muitas incredulamente descontentes que seguem suas batalhas diárias repletos de dificuldades sociais. Não me parece certo. Não é certo!

Mas como no reino do carnaval nada que um pagodinho e uma geladinha não se resolva, seguimos o baile, mas com um gosto de uma censura repressora e fragilidade na liberdade de expressão. Espero de verdade que o esforço do Tonho não seja afogado numa gelada com pizza. Mais pizza!

A falta de penso faz com que fique esquecida a desgastada máxima que aqui funciona de alerta: o que se planta, é o que se colhe!


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