Fato é que a city tá de cumple no próximo sábado (26), coroa enxuta de 239 anos. E, entre a diversa programação especial que rola por estas bandas na semana, destaque para o tradicional Baile da Cidade, que começa logo as 21hs, no coração do Parque Farroupilha, nossa querida Redenção.
Fui algumas vezes e certo que outrora o tchacundum era aprazivelmente mais bem estruturado, mas que de qualquer forma segue valendo e por que o importante é ser feliz, andar tranquilamente na cidade onde eu nasci e ter a consiência que queira ou não e bairrismo a parte, mas não a toa, aqui o furo é mais embaixo: nossa metrópole-bairro, que desde pouco assume cada vez mais o revés irreversível ao se delinear efetivamente como bairro-metrópole, com todo o ônus e bônus. Crescimento irreversível vai a frente da cultura: em Porto, magros e magras do queridão Bomfa (ao qual morei bons anos, ali na João Telles quase na frente do Ocidente, rua que encerrou 2010 com a alcunha de Rua do Rock, minimizando a esfera da alma da região, que é n'roll no comércio, na aquitetura, nas possibilidades e nos viventes) e de qualquer outra parte se conhecem ou já se ouviram falar; não nos rendemos a utilidade de se ter um súper 24 horas (bela iniciativa Nacional!), tão normal em São Paulo; e em sondagem realizada pela food-maga Carla Pernambuco realizada por estas plagas na intenção de abrir um restaurante conceito, resultou num desestimulador conselho emitido por nossos compatriotas especialistas em marketing que foram enfáticos e realistas em dar o parecer de que a gauderiada não consome ($) gastronomia-arte e diagnosticaram ainda um certo quê nosso para a pose: vamos uma vez para dizer que fomos, depois moscas. Absorção aqui intrínseca a nossa manifesta mentalidade-bairro.
A função oficial do Baile da Cidade é propiciar em seu aniversário uma diversão 'de grátis' à comunidade. Mais que verificar um protocolo da prefeitura e suas intenções inerentes, é oportunidade de ver o start na iluminação do chafariz central, que fica lindão, além do arrasta pé com a patroa ao som dos vários artistas e bandas que fazem um baile que agrada maragatos e chimangos dos 8 aos 80.
Mas os butiás caíram ao observar a 'estrutura gastronômica' que tão me era chamariz outrora com suas banquinhas variadas de rangos típicos do povo que adotou nossa cidade como pátria. Há alguns anos que a tenda de comida japonesa e outras delicinhas deram espaço para suspeitos e visivelmente relapsos com a higiene cachorros-quente sem graça e sem sabor. Fora isso, tá valendo.
+++ A propósito, neste ano o meu súper favorito, o Zaffari, mandou muito bem no filme homenagem à PoA e que para variar tem como tema a clássica 'Porto Alegre é demais'. Mesmo que para uns e outros a tal música já tenha enchido o saco, não o meu, pois acho a dita cuja especial. Mais do mesmo, acerto certo!
Porto Alegre é que tem Um jeito legal É lá que as gurias etc... e tal Nas manhãs de domingo Esperando o Gre-Nal Passear pelo Brique Num alto astral Porto Alegre me faz Tão Sentimental Porto Alegre me dói Não diga a ninguém Porto Alegre me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz Quem dera eu pudesse Ligar o rádio e ouvir Uma nova canção Do Kleiton e Kledir Andar pelos bares Nas noites de abril Roubar de repente Um beijo fadio Porto Alegre me faz Tão Sentimental Porto Alegre me dói Não diga a ninguém Porto Alegre me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz Porto Alegre me dói Não diga a ninguém Porto Alegre me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz
Porto Alegre é demais!
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